Terça-feira, 27 Maio 2008 – 23:04
Passas tu no ar…
grandiosa ave de rapina,
bela, olhos a brilhar…
Como uma serpentina.
Vejo-te a voar,
durante o teu longo passeio,
de manhã ao acordar,
ou ao luar já cheio…
Ave, voa voa…
Sem destino nem direcção,
nunca me esquecerei de ti,
estarás sempre no meu coração.
Voas rápido,
mais rápido que ninguém,
voa para longe,
voa para Santarém…
Ave de Rapina,
voa pela cidade,
abraça a Natureza,
abraça a Liberdade…

João Alexandre
Quarta-feira, 7 Maio 2008 – 20:44
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Sérgio Mesquita