Dezembro 2008

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sonho vazio

é difícil escrever sonhos.
quando são só nossos, ou mesmo universais.
mas ainda assim é mais fácil escrever e descrever o dia em que o mundo viverá mergulhado em paz, a adiantar o que quer que seja das profundezas do sonho [do nosso].
uns querem ser médicos, outros advogados… meras aspirações.
[os maus querem ser bons e vice-versa; os pobres querem ser ricos; os ricos querem ser ainda mais ricos; os infelizes invejam a felicidade; os felizes correm para a infelicidade;]
o sonho é profundo, sublime. não se menciona, é impossível de ser explanado para palavras ou vectores ou forças.
parte do que sonhamos é volátil. são as normas, as maiúsculas, o acessório, ai, as rimas, os conceitos, os géneros, as predefinições…
a outra parte fica. é simplesmente o que fica quando acordamos: as nossas memórias do sonho dessa noite: algo aparentemente ilógico, ou lógico, ou déjà vu, ou inexplicável, ou desejado, ou estranho, talvez.
é viver outra vida para lá do explicável.
e quem precisa de explicações?
a linguagem do sonho é pura, limpa, de alto nível.
o sonho é tudo o que criamos. arte são pedaços de sonho, vivências e experiências [retratos do inconsciente]; e é metafísica.
sonho és tu; e sou eu.

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Feliz Natal

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